
Deficiente físico pratica acqua-ride no Parque dos
Sonhos; região de Socorro está se adaptando
para melhorar acessibilidade
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Com investimentos e apoio
do Ministério do Turismo, a cidade de Socorro (a
pouco mais de 130 quilômetros de São Paulo)
desenvolve um projeto de turismo de aventura voltado a deficientes
físicos ou pessoas com mobilidade reduzida. A acessibilidade
é palavra de ordem.
Alguns hotéis e três
parques da região --Parque Ecológico do Monjolinho,
Pedra da Bela Vista e Parque dos Sonhos-- já oferecem
acesso, equipamentos adaptados e profissionais treinados
para a prática de esportes de aventura
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por
cadeirantes, cegos, surdos, mudos, obesos e outras pessoas
com necessidades físicas específicas.
O pioneiro é
o Parque dos Sonhos, a 15 km do centro de Socorro. "A
adaptação faz toda a diferença",
afirma José Fernandes, dono do parque. "Se o cego
ou algúem com outra deficiência física
puder caminhar sozinho, com rodas ou não, sem precisar
de ajuda, é muito melhor."
Ele explica
que as adaptações --que incluem ainda reformas
nos quartos e nas áreas comuns-- foram realizadas em
parceria com o Ministério do Turismo e fazem parte
do projeto Aventureiros Especiais, idealizado pela ONG Aventura
Especial.
A medida recebeu
investimentos de R$ 380 mil para as reformas, transportes,
treinamento especial para os 105 funcionários, consultoria
de médicos e trabalhos com fisioterapeutas e psicólogos.
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Cadeirantes podem praticar tirolesa utilizando equipamento
adaptado de parapente
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Aventura
acessível
O parque fica na divisa com
Minas Gerais e oferece 14 modalidades de aventura --entre
elas tirolesa, arvorismo, rapel, escalada, caminhada (trekking),
fora-de-estrada (off-road), canoagem e bóia-cross
(rafting com bóia)--, todas com algum tipo de adaptação.
O destaque é a tirolesa,
um cabo de aço suspenso por meio do qual é
possível escorregar preso a um cinto. A chamada "tirolesa
di pânico" tem mil metros de extensão
e altura máxima de 150 metros.
O local tem cinco tirolesas
diferentes. Na aventura, cadeirantes podem escorregar seguramente
presos a um equipamento adaptado a partir da cadeira de
um parapente.
Na trilha, uma cadeira especial
permite a quem necessita de cadeiras de rodas entrar na
mata fechada e percorrer caminhos sinuosos.
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