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Sindicato Rural de Uberaba, MG, promove turismo em fazendas

 

Em meio à vida agitada na cidade um passeio no campo sempre é bom. Contato com a natureza, ar puro e a conhecida comida caipira. Um projeto desenvolvido pelo Sindicato Rural em Uberaba, no Triângulo Mineiro, torna propriedades rurais como potenciais pontos de visitação. É mais uma alternativa de negócio para o produtor rural.

A propriedade onde hoje mora o produtor rural Luiz Henrique Borges também já foi dos pais dele. Mas não foi apenas a paixão pelo local que sobrou de herança. Depois que a família saiu do lugar a fazenda teve outros donos. Há sete anos o produtor rural a comprou de volta e, atualmente, os 45 alqueires são mantidos pela produção de leite e carne. Mas uma das coisas que mais chama a atenção não está no pasto.

Depois que Luiz readquiriu a fazenda a família dele fez questão de construir uma gruta em homenagem a Nossa Senhora de Fátima em cima de uma pedra em forma de coração. "A gente tem muita fé em Nossa Senhora de Fátima e a gente tinha o sonho de retornar à fazenda. A gente pediu a Nossa Senhora de Fátima que abençoasse, se acontecesse de a gente comprar a fazenda de volta", disse Luiz.

A casa mantém o estilo da época em que o pai dele era dono das terras. Móveis rústicos preservados, entre eles, a mesa de jatobá pronta para reunir muita gente. Tem também fogão à lenha. Mas quem não se sentir atraído pelo "estômago" pode relaxar às margens da cachoeira do córrego Ponte Alta. A queda d'água é de 10 metros e, além da beleza, ainda abastece a sede da fazenda.

E quem gosta de água, trilhas e banhos de cachoeira o lugar é ideal. "Essas águas nos lembram a época de criança quando a gente vinha tomar banho de cachoeira. Por aqui saia um rego d'água que tocava o engenho de açúcar, que naquela época meu pai fabricava para vender", lembrou Luiz. As árvores também são centenárias: angicos, arueira e até o ipê. "Isso também é um histórico da região com madeiras que foram muito usadas na construção de currais, de casas, de cercas da região", contou Luiz.

Essa é apenas uma das propriedades que vão poder ser exploradas por visitantes que procuram paraísos naturais. Para participar do projeto idealizado pelo Sindicato Rural de Uberaba os produtores não precisam ter vários produtos a oferecer. A programação para os turistas pode ser feita passando por mais de uma propriedade, cada uma com um atrativo diferente.

O diagnóstico já foi feito em 27 propriedades rurais listando o que cada uma tem de melhor para oferecer e 20 delas já estão praticamente preparadas para receber os visitantes. Para os donos dessas propriedades o projeto traz uma nova fonte de renda. O turismo rural em Uberaba que hoje tem foco no agronegócio agora abre novos horizontes para o turismo de lazer. "É um desafio a médio e longo prazo, isso não vai acontecer de um dia para o outro. E como vai ter propriedade que vai desistir, também vai ter propriedade nova que vai chegar. Tem que entrar nesse processo acreditando junto. É um trabalho em conjunto", explicou o gestor do projeto, Alex Sandro de Oliveira.

A primeira parte do projeto aconteceu em dezembro de 2009. Dois anos e meio depois muitos donos de fazendas já aderiram e novas parcerias ainda são esperadas. "O mercado cresce em todas as linhas e o turismo rural é visto como um negócio pelo Sebrae e ele se preocupa com o atendimento, a comercialização e a infraestrutura do local", disse Alex.

Antônio Bernardes fez parte dessa etapa. A viagem ao Espírito Santo trouxe uma visão ampla do que pode ser feito na região e que já é realidade no outro estado. "Hoje nós temos feira agropecuária a cada 60 dias. Temos o turismo religioso, que nos três últimos meses do ano tem a festa de Santa Luzia e quase mensalmente temos a festa de folia de reis", contou o presidente da comunidade Mata da Vida, Antônio Bernardes de Oliveira.

Na Comunidade Mata da Vida vivem cerca de 70 famílias que já realizam festas religiosas, trilhas e cavalgadas. Atrativos para os visitantes não faltam. "Nós temos um marco inicial de Uberaba, temos as três cruzes no pico mais alto da região, que tem toda uma história. São pontos que o uberabense em si já conhece e gosta", disse Antônio.

Mas o visitante que chegar ao local depois de conhecer a região pode ainda ser pêgo pela gastronomia mineira. "Nós temos excelentes quitandeiras distribuídas nas famílias da região. Em cada casa que você for vai ter uma responsável por alguma coisa e ela faz aquilo bem", finalizou Antônio.

 

 

 

 

 

 


 

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